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Arritmias na miocardite: o que fazer?


Na fase aguda da miocardite, os pacientes podem desenvolver arritmia cardíaca, com base nessa afirmativa, podemos dizer que:

A) Terapia antiarrítmica deve ser instituída pelo grande risco de instabilidade clínica, mesmo que os eventos iniciais sejam assintomáticos.

B) A terapia deve ser instituída com drogas das classes I e III, incluindo amiodarona.

C) BAVT e bradicardia sinusal tem indicação de implante de marcapasso definitivo.

D) Em episódios de TSV sustentada recorrente existe a opção de controle da frequência ventricular, porém não é recomendada a ablação por cateter.

E) As bradicardias sintomáticas, muitas vezes são transitórias.

 

RESPOSTA:

As arritmias são complicações comuns na fase aguda da miocardite podendo ser tanto bradiarritmias como taquiarritmias. Essas complicações são frequentemente reversíveis após a fase aguda. Elas devem ser tratadas somente quando causam sintomas ou repercussões hemodinâmica nos pacientes.

Extrassístoles ventriculares esporádicas, sem sintomas não precisam ser tratadas. Flutter atrial, assim como fibrilação atrial podem agravar ainda mais o quadro de IC. A taquicardia ventricular sustentada deve ser revertida, seja ele com CVE ou reversão química que é limitada à amiodarona.

Drogas das classes I e III são proscritas pelo seu efeito pró-arritmico (exceto amiodarona). BAVT e bradicardia sinusal quando sintomáticos devem ser tratados com estimulação provisória, uma vez que essas anormalidades de condução muitas vezes são reversíveis.

Portanto, a resposta correta é a letra E: As bradicardias sintomáticas, muitas vezes são transitórias.


Postado por:


FERNANDA HENRIQUES PINTO

Rotina da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Albert Schweitzer

Plantonista Unidade Cardiointensiva do Hospital Barra D'Or

Pós-Graduação em Cardiologia - IECAC

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