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Foto do escritorBruno Ferraz

Sinal do tamanco holandês: qual cardiopatia congênita pensar?


Qual patologia congênita pode ser associada ao sinal do “tamanco holandês” na radiografia de tórax:

A) Comunicação interatrial

B) Transposição de grandes artérias

C) Tetralogia de Fallot

D) Persistência do canal arterial

 

RESPOSTA:

Em 1888, Fallot descreveu os aspectos anatômicos que determinam a patologia, caracterizados por comunicação interventricular (CIV) por desvio ântero-superior do septo infundibular, cursando com estenose pulmonar provocando cavalgamento da aorta no septo interventricular (menor que 50%) e hipertrofia ventricular direita.

Existem fatores que contribuem para a aumento da cianose como aumento da atividade física da criança (choro, irritabilidade, cólicas) ou que diminuem a resistência vascular sistêmica (calor, hipotensão). Tais fatores podem desencadear a crise de hipóxia caracterizadas por taquipnéia, cianose intensa, agitação, podendo ocasionar síncope, convulsão ou morte.

Dentre as manifestações clínicas mais comuns encontramos cianose de mucosas, lábios e leitos ungueais. Posição de cócoras pode ser adotada pelos pacientes portadores da cardiopatia com a finalidade de aumentar a resistência vascular sistêmica e propiciar maior fluxo pulmonar. O sopro é sistólica ejetivo, localizado em borda esternal esquerda alta, com intensidade e duração inversamente proporcional ao grau de estenose.

A radiografia de tórax pode evidenciar área cardíaca normal ou aumentada, arco médio escavado, botão aórtico saliente e elevação da ponta cardíaca (coração em “bota" ou “tamanco holandês”), que está relacionada ao aumento de tamanho do ventrículo direito.

Resposta: opção C


Comentário por:

IRVING GABRIEL ARAÚJO BISPO

Médico graduado pela Faculdade de Medicina da Universidade Estadual de Ciências da Sáude de Alagoas - UNCISAL. Fez Residência de Clínica Médica na Universidade Federal de Sergipe (UFS). Fez Residência em Cardiologia pelo Hospital do Coração de São Paulo (HCor-SP).

Fez aprimoramento em Ecocardiografia Adulto também pelo HCor-SP. Possui Título de Especialista em Cardiologia pela Sociedade Brasileiro de Cardiologia. Possui Título de Especialista na área de Atuação de Ecocardiografia pelo Departamento de Imagem Cardiovascular/ Sociedade Brasileira de Cardiologia. Especialista em Docência em Ciências da Saúde pela Faculdade UNYLEYA. Atualmente faz Mestrado em Cardiologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Atua em São Paulo e São Caetano do Sul nas áreas de Cardiologia e Ecocardiografia.

Referências:

1. Bispo IGA, Lloret RR, Abreu BNA, Guimarães HP, Jardim CAPJ, Jatene IB. Guia Prático de Cardiologia HCor página 29-32, 399-401. Editora Atheneu, Rio de Janeiro, 2017.

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