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Teste ergométrico e doença coronariana


Homem de 52 anos, hipertenso e dislipidêmico, realiza teste de esforço em protocolo de rampa. Aos 12 minutos interrompe o exame por exaustão com 153 bpm e pressão de 190 x 90 mmHg. Durante a fase de recuperação a pressão sistólica tem queda de 15mmHg em relação a de repouso e não apresenta alterações eletrocardiográficas para isquemia. Qual das afirmações está correta?

A) O comportamento da pressão é paradoxal.

B) Teste inconclusivo pelo inadequado alcance da frequência cardíaca

C) Há presença de déficit cronotrópico

D) Resultados compatíveis com baixo risco prognóstico para evento coronariano

E) A redução pós exercício da pressão sistólica é característica de grave doença coronariana

 

RESPOSTA:

O teste ergométrico é uma excelente ferramenta ao cardiologista pois avalia diversas respostas orgânicas ao exercício físico. São diversas indicações em cardiologia mas a avaliação de doença arterial coronariana é uma das principais.

A resposta pressórica durante o exercício ocasiona um aumento gradual sendo aceitável até 220mmHg de sistólica e o aumento de até 15 mmHg na diastólica. A queda intraesforço é sugestiva de doença arterial coronariana grave. Ocorrer queda da pressão após o esforço (recuperação), é esperado e está relacionada a menor probabilidade de DAC. Frequência máxima prevista: 220 – idade (em anos). Logo, no caso teremos: 220 – 52 = 168 batimentos. Neste caso, alcançou menos da máxima prevista porém uma FC submáxima (maior que 85%), inferindo uma adequada carga de trabalho.

Fatores de bom prognóstico relacionados a preditores de baixo risco no teste de esforço: capacidade funcional, ausências de sintomas e de alterações do segmento ST e arritmias.

Portanto, a resposta correta é a letra D


Postado por:


RAFAEL CHÁCAR LIMA

Residência em Cardiologia e Clínica Médica

Residente de Ergometria e Reabilitação Cardíaca - INC

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