O infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) é um evento de origem trombótica que gera oclusão do vaso e deve ser tratado com antiplaquetários e alguma terapia de reperfusão (angioplastia ou trombólise).
Nos pacientes submetidos à trombólise, como a carga de fármacos que aumentam o risco de sangramento em vários pontos do organismo, a terapia antiplaquetária deve ser feita com mais cautela. Os novos antiplaquetários (Ticagrelor e Prasugrel), mais potentes, foram pouco testados nesse cenário. O estudo TREAT, conduzido no Brasil pelo Dr. Otávio Berwanger, comparou o uso de Ticagrelor x Clopidogrel em uma estratégia de randomização pós-trombólise (90% dos pacientes receberam clopidogrel antes da trombólise). Não houve diferença na ocorrência de sangramento nem desfechos maiores em 30 dias. Esse é apenas o primeiro grande estudo randomizado sobre esse tema. Dessa forma, as diretrizes recomendam o uso preferencial do clopidogrel na dose de ataque de 300mg. Lembrando que não devemos fazer dose de ataque em pacientes com idade superior a 75 anos.
Nos pacientes tratados com angioplastia, há a preferência para os novos antiplaquetários. O clopidogrel, nesta situação, fica restrito à presença de contraindicação ao uso de ambas drogas. No IAMCSST, o pré-tratamento está indicado, exceto em situações de dúvida diagnóstica. A figura pontua as principais contraindicações aos novos anticoagulantes. Logicamente, em todos cenarios, o AAS deve estar presente, salvo contraindicações.
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